Construído no fim do século XIX, o Museu do Doce, em Pelotas, conta com acessibilidade para receber visitantes. O casarão é um dos símbolos de um período rico da cidade da Região Sul do Rio Grande do Sul e mostra a história e a evolução dos doces em um delicioso acervo.

“Audiodescrição não só para cegos, mas também para todas aquelas pessoas que querem utilizar essa metodologia, maquetes táteis, cores contrastantes… Então nós temos diversos equipamentos para facilitar a visita de todas as pessoas ao museu”, diz a professora de museologia Nóris Leal, apresentando o local.

A acessibilidade no museu fez a visita do estudante Leandro Pereira, que é deficiente visual, ser mais aproveitada. Apesar de não enxergar, ele conseguiu sentir os doces na palma da mão.

“Contempla todas as deficiências e até mesmo quem não tem, ou qualquer tipo de limitação, então a gente tem espaço pra todo mundo. Aqui tem réplicas dos doces pra gente poder tocar e conhecer os formatos, coisas que a gente não faz em uma doçaria, se não vai melecar toda a mão, né”, comenta, com bom humor.

As peças foram feitas em uma impressora 3D, que possibilita uma riqueza de detalhes a serem sentidos na hora do toque. O projeto é de estudantes do curso de Arquitetura da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A ideia do museu é ser um laboratório para os estudantes aliarem teoria e prática.

detalhes-do-teto-foram-reproduzidos-em-placa-que-pode-ser-tocada-pelos-visitantesDetalhes do teto foram reproduzidos em placa que pode ser tocada pelos visitantes

“Então acaba que a gente troca conhecimentos. Também tem muito essa questão de troca entre as áreas. Foi riquíssimo pra minha formação, porque o que eu vi na teoria eu podia aplicar aqui na prática”, diz a estudante Rochelle Moura.

Dentro da exposição estão utensílios usados pelas fábricas de doces, a história das primeiras lojas que investiram nesses produtos, além de um pouco da arquitetura do município. De portas abertas, o espaço vem atraindo o público.

“E hoje me propus a conhecer, já que nós somos da cidade, somos da universidade. A nossa obrigação é conhecer o que temos. Isso é o que precisava, principalmente sendo uma cidade que é conhecida pelos doces famosos, nada mais correto politicamente do que nós termos o Museu do Doce onde todos podem ter acessibilidade”, destaca a engenheira agrícola Rosimery Gonçalves.

Pelotas é conhecida pelos doces tradicionais. Todos os anos, a Fenadoce atrai milhares de pessoas ao local onde é realizado o evento.

Fonte: G1

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