Natação Paraolímpica. Diferentes estilos para diferentes tipos de deficiência.

por | 29 out, 2011 | Turismo Adaptado | 16 Comentários

A natação está presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada, em Roma (1960). Homens e mulheres sempre estiveram nas piscinas em busca de medalhas. O Brasil começou a brilhar em Stoke Mandeville (1984), quando conquistou um ouro, cinco pratas e um bronze. Nos Jogos Paraolímpicos de Seul (1988) e nos de Atlanta (1996), os atletas trouxeram um ouro, uma prata e sete bronzes. Em Barcelona (1992), a natação ganhou três bronzes.

Os Jogos de Sydney foram marcados pelo excelente desempenho da natação, que trouxe um ouro, seis pratas e quatro bronzes para o Brasil. Em Atenas, foram sete medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze. Em Pequim o Brasil bateu o recorde de medalhas conquistadas em uma única edição dos Jogos Paraolímpicos com um total de 19 medalhas ao todo, com oito medalhas de ouro, sete de prata e quatro de bronze. No Parapan do Rio de Janeiro (2007) o Brasil ficou em segundo lugar geral da modalidade, perdendo para o Canadá, mas ficando na frente dos Estados Unidos. Foram 39 medalhas de ouro, 30 de prata e 29 de bronze. Além da quebra do recorde, o Brasil também comemorou as primeiras medalhas femininas na natação paraolímpica, todas de bronze: Fabiana Sugimori nos 50 m livre S11, Edênia Garcia nos 50 m livre S4 e Verônica Almeida nos 50 m borboleta S7.

O Brasil possui mais medalhistas de destaque internacional na natação. Clodoaldo Silva conquistou nas Paraolimpíadas de Atenas em 2004, seis medalhas de ouro e uma de prata, além de quatro recordes mundiais. Em Pequim 2008, os destaques foram André Brasil com 5 medalhas sendo 4 de ouro e Daniel Dias com 9 medalhas, sendo 4 de ouro, 4 de prata e uma de bronze.

Na natação, competem atletas com diversos tipos de deficiência (física e visual) em provas como dos 50m aos 400m no estilo livre, dos 50m aos 100m nos estilos peito, costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150m e 200m. As provas são divididas na categoria masculino e feminino, seguindo as regras do IPC Swimming, órgão responsável pela natação no Comitê Paraolímpico Internacional.

As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do tapper, por meio de um bastão com ponta de espuma quando estão se aproximando das bordas. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Classificação

O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor o número da classe. As classes sempre começam com a letra S (swimming) e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).

  • S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-motoras.
  • S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com deficiência visual (a classificação neste caso é a mesma do judô e futebol de cinco).
  • S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência mental.

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Fonte: CPB

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16 Comentários

  1. gustavo salim

    muito bom…
    bem hj após um acidente de moto sou deficiente fisico e faço nataçao a 2 anos após meu ascidente, gostaria de saber como faço para me inscrever em competições onde elas ocorrem e em qual categoria eu me adequo.

    • Ricardo Shimosakai

      Procure um clube paradesportivo na sua cidade ou na sua região. Deste modo, eles lhe darão melhores orientações, e você pode representá-los nas competições. A classe em que você irá competir, é oficialmente feita por classificadores autorizados, que geralmente vão às competições.

  2. Guilherme

    como esta o brasil nas paraolimpiadas , esta bem representado, qual é real situação ?

    • Ricardo Shimosakai

      A natação é uma das modalidades que mais trazem medalhas nas Paraolimpíadas. Temos nadadores de destaque, tanto no feminino quanto no masculino. Mesmo com essa situação destacada, o paradesporto ainda é pouco incentivado

  3. Edno

    Boa tarde meu nome é Edno sou deficiente físico moro em guarulhos e a um bom tempo estou procurando um esporte adpitado pra praticar mas ñ encontro se alguém puder me ajudar agradeço. meu i-mail. ([email protected])

    • Ricardo Shimosakai

      Olá Edno, entre em contato com o Centro de Atendimento à Pessoa Deficiente – CAPD – Guarulhos. R. das Palmeiras, 865 – Jardim Gopouva. Fone: 11 2472-5485 | 2472-5493

  4. Raquel

    eu estou fazendo uma pesquisa escolar e eu gostei muito do que estava falando a minha professora tambem gostou e acAbei tirando uma nota otima !

    • Ricardo Shimosakai

      Que bom, e obrigado por escrever sobre isto! Tomara que se interesse ainda mais pelo assunto. Você pode ter sucesso na sua carreira, e não só no seu trabalho escolar.

  5. Antônio carlos dos santos

    Boa noite tive uma lesão medular,nado tenho 48 anos gostaria de saber aonde existe clubes aqui em BrasiliaDF q treina pessoas com esta idade para competição?

  6. Arian Aguiar

    Ricardo bom dia, estou fazendo um trabalho de faculdade sobre esportes adaptados para deficientes e meu tema é natação, quero abordar a situação que hj no Brasil as pessoas ainda tem um certo “medo” de que tudo não pode, que um deficiente não é capaz.
    gostaria que desce sua opinião para que eu poça deixar arquivado no trabalho, vi que vc é um profissional bem qualificado e gostei de suas respostas gostaria de transmitir a sua postura para os alunos de educação Física.
    Agradeço Arian

    • Ricardo Shimosakai

      Olá Arian,
      Você quer uma opinião? Assim fica meio vago. Eu elaborei um livro digital chamado “Acessibilidade e inclusão no turismo”, um DVD com artigos, fotos, leis, vídeos, normas, trabalhos, apresentações, reportagens e diversos outros materiais sobre o assunto. Se quiser adquiri-lo, veja mais informações no link a seguir. Nesse material muitas de suas dúvidas já podem ter uma resposta, mas se mesmo assim elas persistirem, pode entrar em contato comigo que eu lhe orientarei. Tem diversos materiais relacionados à acessibilidade, pessoa com deficiência e também do paradesporto.
      https://ricardoshimosakai.com.br/2010/07/08/livro-digital-%E2%80%9Cacessibilidade-e-inclusao-no-turismo%E2%80%9D/

  7. wellington

    oi boa tarde galeria praze meu nome e wellington sozinho com meu tio com as minha tia tabem emtao assi qu queria como eu particpa para mim ser um nadado

  8. HELOISA LEAL COSTA MAYALL

    Boa tarde, Ricardo! Tenho um filho autista, que não fala e tem baixa visão. vc acha que existe possibilidade dele vir a ser um atleta? Onde encontro no RJ perto da Tijuca? Tb tenho outro filho com esquizofrenia, ele nada mt bem 2000mt ..ele pode ser incluso na paraolimpiada?

    • Ricardo Shimosakai

      Olá Heloisa, todos tem a possibilidade de praticar esporte, só é preciso buscar os locais adequados. Procure clubes paradesportivos no Rio de Janeiro, assim eles saberão melhor te orientar a respeito de suas dúvidas.

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